Abordagem moderna e minimamente invasiva em Juiz de Fora
Voltar para o inícioMuitos tumores renais são assintomáticos em fases iniciais e identificados em exames de imagem de rotina. Em estágios mais avançados, podem causar dor lombar, sangue na urina ou massa palpável. Os principais fatores de risco incluem tabagismo, hipertensão, obesidade e histórico familiar. O tipo mais comum é o carcinoma de células renais, mas há variações histológicas que impactam o tratamento.
A decisão cirúrgica depende de múltiplos fatores, como o comprometimento do seio renal, grau de invasão, localização e comorbidades do paciente. Lesões que não invadem o seio renal em grande extensão e apresentam características favoráveis geralmente podem ser tratadas com nefrectomia parcial. Tumores mais complexos podem exigir nefrectomia radical.
Para auxiliar na tomada de decisão, utiliza-se o sistema RENAL, que considera cinco critérios anatômicos: tamanho do tumor (R), excentricidade (E), proximidade do sistema coletor (N), localização anterior/posterior (A) e posição relativa ao polo renal (L). Esse escore orienta a complexidade cirúrgica e ajuda na escolha entre cirurgia parcial, radical ou vigilância.
A tomografia computadorizada com contraste é o exame mais indicado para avaliação detalhada do tumor renal, permitindo analisar tamanho, relação com vasos e possível extensão para estruturas adjacentes. A ressonância magnética é alternativa especialmente útil em pacientes alérgicos ao contraste iodado ou com função renal comprometida.
É a técnica preferencial para tumores renais pequenos e acessíveis. Realizada por vídeo, com pequenas incisões, permite rápida recuperação, menor sangramento e preservação do restante do rim.
Onde disponível, a nefrectomia parcial robótica amplia a precisão em tumores mais desafiadores, com acesso delicado e preservação de vasos. A decisão pela via robótica depende da complexidade anatômica e recursos hospitalares.
Para pacientes com alto risco cirúrgico ou comorbidades importantes, e em casos de tumores menores com localização favorável, pode-se indicar terapias ablativas como crioablação ou radiofrequência. Essas opções minimamente invasivas têm indicações específicas e devem ser avaliadas caso a caso.
A maioria dos pacientes tem alta em 1 a 2 dias após a cirurgia minimamente invasiva. O retorno às atividades cotidianas ocorre em cerca de 10 a 14 dias, conforme evolução individual.