HPV em homens: o que é, como tratar e quando se preocupar

Ilustração 3D de um vírus HPV com espículas, representando infecção sexualmente transmissível associada a lesões genitais masculinas.

Introdução:

  • Alta prevalência do HPV na população adulta.
  • Muitos desconhecem que homens também podem manifestar sintomas e sofrer complicações.
  • A infecção é frequentemente assintomática, mas pode causar verrugas genitais e, em casos mais graves, estar associada ao câncer de pênis.
  • Importância do diagnóstico precoce e da vacinação.

O que é o HPV?

  • Vírus do papiloma humano, com mais de 150 tipos.
  • Alguns tipos causam lesões benignas (verrugas), outros estão associados a cânceres.
  • Transmissão principalmente sexual, mas pode ocorrer por contato íntimo não sexual com mucosas ou objetos contaminados.

Prevalência na população:

  • Estima-se que até 80% dos adultos sexualmente ativos terão contato com o HPV em algum momento.
  • Em homens, muitas vezes é subdiagnosticado por ausência de exames regulares como o Papanicolau nas mulheres.

Vacinação:

  • Vacina tetravalente e nonavalente disponíveis no Brasil.
  • Recomendadas para meninas e meninos a partir dos 9 anos.
  • Em homens, protege contra verrugas e câncer de pênis, ânus e garganta.

Transmissão:

  • Via principal é o contato sexual (oral, vaginal, anal).
  • Pode ser transmitido mesmo sem penetração ou com uso de preservativo (reduz risco, mas não elimina).
  • Casos raros de contaminação por objetos ou roupas íntimas contaminadas são descritos, mas pouco frequentes.

HPV tem cura?

  • O organismo elimina espontaneamente o vírus na maioria dos casos (até 90%).
  • Mas ele pode permanecer latente por anos, reaparecendo em momentos de imunossupressão.
  • Por isso, o HPV não é considerado “curável” em todos os casos, mas pode ser controlado.

Sintomas no homem:

  • Na maioria dos casos, assintomático.
  • Quando sintomático, pode haver verrugas genitais (condilomas) no pênis, escroto, região anal ou perianal.
  • Lesões podem ser únicas ou múltiplas, com aparência de couve-flor.
  • Em alguns casos, manifestações orais.

Diagnóstico:

  • Exame físico urológico.
  • Biópsia de lesões suspeitas.
  • A testagem laboratorial não é indicada de rotina por falta de validação e baixa sensibilidade de alguns métodos.

Tratamento:

  • Indicado nas formas clínicas com lesões visíveis.
  • Métodos: cauterização química, crioterapia (congelamento), eletrocauterização ou cirurgia.
  • Casos de verrugas de difícil controle podem requerer imunoterapia tópica.

Quando tratar:

  • Sempre que houver lesões visíveis.
  • Mesmo na ausência de sintomas, avaliação é recomendada para parceiros(as) sexuais recentes ou com diagnóstico confirmado.

HPV e câncer de pênis:

  • Tipos oncogênicos (especialmente HPV 16 e 18) associados ao câncer de pênis.
  • Fatores de risco adicionais: fimose, má higiene, múltiplos parceiros.
  • Importância do acompanhamento regular com urologista.

Conclusão:

  • O HPV é comum, mas deve ser levado a sério.
  • Vacinação, diagnóstico precoce e tratamento das lesões reduzem complicações.
  • A consulta com urologista em Juiz de Fora é fundamental para avaliação e conduta individualizada.