Cistos renais são bolsas de líquido que se formam nos rins, sendo frequentemente achados incidentais em exames de imagem. Embora a maioria seja benigna, alguns cistos complexos podem exigir acompanhamento ou até intervenção cirúrgica. Compreender a classificação e conduta correta é essencial.
Diagnóstico por imagem
A tomografia computadorizada com contraste é o principal exame para caracterização dos cistos renais, permitindo avaliar o conteúdo interno, espessura das paredes, septações, calcificações e realce pelo contraste. A ressonância magnética é utilizada em casos com contraindicação ao contraste iodado.
Classificação Bosniak
- Bosniak I: Cisto simples, com parede fina e conteúdo anecoico. Probabilidade de malignidade: ~0%.
- Bosniak II: Cisto minimamente complexo, com algumas calcificações ou septações finas. Malignidade: ~0%.
- Bosniak IIF: Cisto com mais complexidade, septações espessas ou múltiplas. Malignidade: 5 a 10%. Requer acompanhamento periódico com imagem.
- Bosniak III: Lesões indeterminadas com espessamento irregular ou realce. Malignidade: 50 a 60%. Frequentemente requer cirurgia.
- Bosniak IV: Cisto com partes sólidas, realce intenso. Malignidade: >90%. Tratamento cirúrgico indicado.
Conduta e acompanhamento
A conduta varia conforme a classificação Bosniak:
- Bosniak I e II: Não requerem seguimento.
- Bosniak IIF: Acompanhamento com imagem (geralmente TC) a cada 6 a 12 meses por até 5 anos.
- Bosniak III e IV: Avaliação cirúrgica, preferencialmente com nefrectomia parcial quando possível.
Para casos de Bosniak III ou IV, a decisão entre vigilância ativa, cirurgia ou terapias alternativas depende da função renal, idade e comorbidades. É fundamental uma avaliação individualizada.
Voltar à página inicialPara saber mais sobre diagnóstico e tratamento de tumores renais, acesse nossa página sobre tumores renais em Juiz de Fora.